sexta-feira, 28 de novembro de 2008

CONHEÇA AGORA A BANDA ADERIVA



A banda Aderiva é uma dupla composta por Guilherme Macalós (vocais, guitarra, programações e composições) e Cícero Machado (baixo, teclados, sintetizadores e composições). Os dois conversara com a gente sobre a carreira na música e muito mais:

Rock'n'Talk - Como foi que o grupo se conheceu?
Guima - Conheci o Cícero por volta de Junho de 2005. Sua irmã fazia aulas de bateria na escola de música onde leciono, e a mãe deles estava na recepção, esperando a aula acabar. Nesse meio tempo meu celular tocou... O toque soou alto, era uma música de uma banda a qual eu e o Cícero gostamos muito. Imediatamente sua mãe exclamou: "Você também é maníaco por essa banda?" (risos)... Logo o assunto foi se desenvolvendo e ela me falou que ele era baixista, e eu justamente estava à procura de músicos para formar a banda. Adicionei-o no MSN e, alguns dias depois, convidei ele pra um ensaio, e ele respondeu: "Preciso perguntar pros meus pais se eles vão deixar" (risos). Felizmente na época, os pais dele deixaram. O Julio veio se aliar a nós a poucos meses, basicamente participando da parte de show "cover" da banda. Conheci-o através de uma outra banda cover que fui convidado para tocar. Logo nos primeiros ensaios dessa banda vi que o cara era meio tímido e "fechadão". Era uma pessoa que levava a sério o que fazia. Logo apresentei o mesmo para o Cícero e seguimos o barco.

Rock'n'Talk - De onde vocês tiraram o nome da banda?
Guima - Bom, o nome da banda é meio antigo! Há uns 10 anos atrás, mais ou menos, quando passei a compor minhas primeiras músicas. Em um dia de ensaio, um amigo comentou sobre elas, dizendo: "Cara, o som de vocês não me passa uma sensação estável, segura... Parece que não sei para onde vai". Claro...ADERIVA! E porque não? (risos)

Rock'n'Talk - Como a banda define o som que vocês fazem?
Guima - A única coisa que se pode definir ao certo, é que é uma banda de rock! Inseridos nesse contexto, encontram-se os mais variados “afluentes”, vindo a desembocar nesse mar. Geralmente as pessoas que escutam nosso trabalho próprio, percebem isso, um estilo totalmente nosso de ser... Uma música ADERIVA. Parte de nossas “viagens sem rumo”, passando por momentos de inspirações e transpirações, até chegar ao rumo certo, aparentemente seguro. Entretanto, “rótulos”, certamente cada um exporá o seu, de diversas maneiras! Sugiro que escutem nosso som. Quem se sentir a vontade, subirá a bordo.

Rock'n'Talk - Como são os shows? Qual a média, como é a receptividade do público?
Cícero - Os shows são covers por enquanto, com algumas musica próprias inseridas. Tocamos musicas para danceterias e pubs, clássicos etc. Muitas vezes a receptividade que temos na internet não se realiza por completo ao vivo, por não podermos tocar todas nossas musicas. No entanto, cada show tem uma característica única, uma adrenalina diferente. Com o passar do tempo aprendemos que isso, essa adrenalina é o que faz a receptividade do público. Quando se toca com a alma, focado no que se esta fazendo, tudo acontece. Somos banda da "casa" estamos no casting de varias casas de shows do estado, nosso barco vai navegando (risos).

Rock'n'Talk - Qual foi o show/lugar mais louco ou mais importante que vocês tocaram?
Cícero - Uma vez em um bar do bairro Cidade Baixa, aqui em Porto Alegre. O nome da festa por si só já era estranho o suficiente pra não conseguirmos lembrar. A produtora disse que antes da festa ia rolar uma feirinha dentro do bar. Até aí estranho, mas ok. Lá pela hora que começamos o show, tudo legal, pessoal da casa sentado esperando algo pra empolgar. De repente, ao olhar pra galera na frente do palco, vimos umas mulheres com véus nas mãos, dançando em estilo próximo ao árabe, meio fantasiadas, com umas roupas coloridas muito estranhas! Era pra ser algo temático de novelas anos 80, mas estava longe disso! No final do show, uma das mulheres roubou a cena: na escada do mezzanino, ela começou a descer pelo corrimão tentando (e não conseguindo) fazer uma performance. A galera foi a loucura, não porque estava muito legal, mas porque parecia que a guria ia cair lá de cima e todo mundo pedia pra ela parar e descer! E nós olhando isso e tocando (risos).

Rock'n'Talk - Quais são os projetos do grupo para o futuro?
Guima - Sem sombra de dúvidas é nosso primeiro disco, que está em fase de pré-produção, faltando alguns detalhes apenas. Provavelmente no 1° semestre de 2009 já deva estar ancorando em algum cais. Pronto para sair navegando...

Rock'n'Talk - Para vocês, o que é "viver do rock"?
Guima e Cicero - É sempre ter uma vida "real". No nosso caso, viver da arte chamada musica é se encontrar consigo mesmo todos os dias. É ter muito trabalho e cumprir ele com satisfação, independente da tempestade em alto mar que esteja ocorrendo lá fora. Subir em todos os palcos da vida com vontade, a fim de fazer o rock acontecer. Isso faz torna nossa embarcação melhor a cada dia, sempre em alguma direção.

Para saber mais sobre a banda, acesse:
www.aderiva.com.br
www.myspace.com/bandaaderiva

quarta-feira, 26 de novembro de 2008

VESTIBULAR UNISINOS - PRORROGADO

Para aqueles que estão na pilha de ingressar 2009 em uma carreira focada no rock, e acham que deixaram passar o tempo de inscrição no vestibular da Unisinos, temos uma boa notícia: o prazo foi prorrogado!

Você tem até às 22h desta quinta-feira, dia 27 de novembro, para se inscrever no vestibular através do site www.unisinos.br/vestibular. As provas acontecem no sábado, 29 de dezembro, com prova de redação pela mannhã (das 9h30 às 12h) e prova de questões discursivas à tarde (das 14h30 às 17h30).

Corre lá e faça a sua inscrição! Só você pode coordenar as rédeas da sua vida e conduzí-la pela estrada do rock!

CONHEÇA AGORA A DKLC


A DKLC é uma banda de Porto Alegre que mistura diversas influências. Isso reflete na formação do grupo, que une o vocal feminino da Dani com o peso dos instrumentos de Ivan (guitarra), Pierre (guitarra), Marcos (baixo) e Ricardo (bateria). Você votou, e nós fomos atrás do Ivan, um dos idealizadores da DKLC, para falar um pouco do seu trabalho:

Rock'n'Talk - Como foi que o grupo se conheceu?
Ivan - A DKLC nasceu em Junho de 2006. Juntando a delicadeza de um vocal feminino com a agressividade de um som pesado, a banda passou por mais de 1 formação até chegar à atual que promete não se separar mais. Eu já era grande amigo de infância do Pierre (guitarrista) e assim que surgiu a oportunidade, convidei ele para fazer parte da DKLC. Os outros integrantes eram amigos no Orkut e já tocavam em outras bandas de Rock.

Rock'n'Talk - De onde vocês tiraram o nome da banda?
Ivan - Lá em 2006, no inicio da formação, a banda chamava DEKALC. Um dia, alguém mandou fazer uns adesivos e resolveu abreviar, retirando as vogais, ficou DKLC. Acabou pegando. A sigla acabou indo parar nos domínios de sites, fotolog, trama, myspace... Quando resolvemos voltar para DEKALC já era tarde.

Rock'n'Talk - Como a banda define o som que vocês fazem?
Ivan - Seria muito difícil definir, dar um rótulo ao tipo de som que a gente faz. Cada um dentro da DKLC traz uma influencia bem diferente de som, mas claro, tudo dentro do rock. Pensamos que, se cada banda deve ter seu rótulo, o da DKLC não está pronto ainda. Juntamos a influencia de cada integrante e assim nasce a DKLC.

Rock'n'Talk - Como são os shows? Qual a média, como é a receptividade do público?
Ivan - Todos shows são mágicos, cada um é muito diferente do outro. Tentamos montar sempre um espetáculo diferente, mudando set list, introduções para entrada de palco. A galera que vai assistir faz 50% do espetáculo. Existem rostos repetidos que estão sempre nos acompanhando onde quer que a gente vá, galera cantando todas as músicas de autoria da banda... Esse tipo de resposta do público é o que mais motiva a banda a fazer um bom show. Tem uma legião de fãs da DKLC que faz parte do DKLC VIP, que é a galera que ajuda a gente à divulgar nosso trabalho diariamente, postando em páginas pessoais, vendendo CD´s e ingressos de shows. Essa galera tem entrada livre em qualquer evento que a DKLC tocar. Assim estamos montando uma enorme família, que é como chamamos os fãs, a Família DKLC.

Rock'n'Talk - Qual foi o show/lugar mais louco ou mais importante que vocês tocaram?
Ivan - Todos shows que fizemos até agora foram muito importantes, alguns se destacam por motivos diferentes. Um que merece destaque foi o que rolou dia 21 de setembro de 2008 no Hangar 110 em SP. Foi nossa primeira viagem à São Paulo com a banda. havia diversos shows de Rock na cidade no mesmo dia e horário, e o Hangar estava lá, lotadão, esperando nosso show e mais os shows de bandas amigas. Esse foi um dia muito especial pra DKLC.

Rock'n'Talk - Quais são os projetos do grupo para o futuro?
Ivan - Bom, a DKLC segue trabalhando muito. Estamos fechando shows em cidades que nem conhecíamos, tem muita gente nova conhecendo nosso trabalho agora, lançamos nosso primeiro EP “Uma Nova História” no primeiro semestre de 2008, e estamos trabalhando na divulgação desse trabalho. Apenas estamos no começo de um longo caminho para uma banda totalmente independente.

Rock'n'Talk - Para vocês, o que é "viver do rock"?
Ivan - Viver do Rock é enfrentar as dificuldades que uma banda independente enfrenta. Deixar de fazer muita coisa importante para dar prioridade para a mesma, o que pode as vezes atrapalhar mas, também, pode ser a única forma de dar certo. Se dedicar totalmente e acreditar que o teu emprego é esse, tua faculdade, teu ganha pão, tua vida!!

Para saber mais sobre a banda, acesse:
www.dklc.com.br
www.myspace.com/bandadklc
Contato para shows: (51)9722-0974

terça-feira, 25 de novembro de 2008

A TEORIA DOS SEIS GRAUS NO MUNDO DO ROCK

Existe uma teoria, baseada em um estudo científico feito em 1990, que diz que qualquer pessoa está ligada a outra por, no máximo, seis laços de amizade. É a chamada Teoria dos Seis Graus de Separação. Pode parecer loucura, mas depois que você entende a definição, faz algum sentido.

Então, vamos tentar aplicar a teoria dos seis graus de separação entre dois artistas totalmente diferentes e absurdos. Então vamos estabelecer uma conexão entre o rei do rock, Elvis Presley, com a boy band de maior sucesso dos anos 80, os Menudos?

Vamos começar pelos meninos de Porto Rico. O grupo foi criado oficialmente em 1977, alcançando seu ápice nos anos 80, fazendo sucesso entre as adolescentes da América Latina, lotando estádios para tocar seus hits, seguidos pelas coreografias um tanto quanto... excêntricas...


Não ria... sua mãe pode ter estado naquela platéia...

Aqui no Brasil a maioria só conhecia as músicas de maior sucesso. O "lado B" dos Menudos não era muito conhecido das pessoas. Até que em 1992, Renato Russo durante as gravações do Acústico MTV, supreendeu a todos dizendo que iria cantar uma música deles, dizendo que era "bonitinha". Então ouvimos pela primeira vez "Hoje a noite não tem luar":



Após a morte de Renato Russo e o fim da Legião urbana, muitas homenagens foram feitas ao grupo. Uma delas foi o CD Forza Siempre, uma coletânea de músicas da Legião gravadas em italiano por um dos ídolos da Jovem Guarda e amigo pessoal de Renato, Jerry Adriani. O mais impressionante é que as vozes dos dois são extremamente parecidas!



Jerry Adriani pertencia a Jovem Guarda - movimento surgido na segunda metade da década de 60, que mesclava música, comportamento e moda, influenciado pelo rock and roll. A dupla Roberto e Erasmo Carlos, Wanderléia, Renato e seus Blue Caps foram os percussores do gênero musical aqui no Brasil. E em 1977, em um especial para a TV, os ícones da Jovem Guarda realizaram uma homenagem a quem os inspirou. Adivinha quem?



Quando dizem que no mundo do rock tudo é possível, não duvide.

segunda-feira, 24 de novembro de 2008

FREDDIE MERCURY, QUEEN E CINEMA - O GANHADOR


Carlos Augusto Borda de Freitas foi quem levou o All Star dessa semana.
A pergunta era: Qual o filme que teve toda a trilha sonora produzida pelo Queen?.A resposta: Flash Gordon.

Carlos acertou na mosca e levou o par de All Star para casa.

DE REGINALDO ROSSI A AC/DC – ENTREVISTA COM FRANK JORGE



O entrevistado da vez é ninguém menos do que ele, Frank Jorge. As apresentações são dispensáveis, basta lembrar que o sujeito fez parte da formação original dos Cascaveletes e foi baixista e frontman da Graforréia Xilarmônica. Além do campo musical, Frank se aventurou pelo terreno das letras e hoje é coordenador do Curso de Formação de Produtores e Músicos de Rock.
Nossa conversa girou em torno do currículo da graduação, sua trajetória como músico e sua discografia básica, que vai de Reginaldo Rossi a AC/DC. As perspectivas do campo de trabalho também entraram em pauta e, mesmo com uma leve esquiva, conseguimos tirar dele algumas informações sobre seu trabalho solo.

Rock`n`Talk - Como professor do curso de formação de Produtores e Músicos de Rock, fala um pouco sobre as questões pontuais que são abordadas no currículo da graduação, para aqueles que estão pensando em fazer o vestibular.
Frank Jorge - Primeiro é importante entender que mesmo com tantas mudanças sociais e comportamentais, ainda existe certo preconceito por quem escolhe cursos nas áreas artísticas, ou ainda, por quem tem coragem de escolher convictamente o seu curso superior e respectiva área de atuação, e não o que os familiares ou certas tendências sugerem. O curso proporciona uma formação ampla, atenta ao mercado da música: história do rock, história da música, música e legislação, comunicação e marketing, preparação de carreira; estes são alguns dos tópicos desenvolvidos nas nossas atividades acadêmicas.

Rock`n`Talk - Como você vê o mercado da música hoje? Quais ofícios que ainda carecem de profissionais capacitados dentro da cadeia produtiva do mercado?
Frank Jorge - O mercado da música está cada vez mais vivo! Parece uma determinada coisa, veiculada pela mídia, ok... Programas de auditório, canais de TV aberta e a cabo de videoclipes, inúmeros canais via web, mega-shows, mega-eventos, revistas, mas a produção musical e sua receptividade vão além. Hoje em dia, cada banda tenta se diferenciar não apenas pela linguagem musical e estética, mas como procederá com a mídia e com o seu público, ou seja, tem banda que faz um certo "anti-marketing", toca em lugares inusitados sem enviar divulgação para veículos tradicionais de comunicação, e ainda sim, tem o seu charme, o seu nicho, sobrevive da música do mesmo modo que outros artistas super expostos na mídia.
O próprio performer - seja um cantor, um instrumentista - é carente sim de volume de conhecimentos gerais, diga-se de passagem! O curso se ocupa com uma formação integral: o profissional da área da música tem que saber se expressar, por mais que esperem do artista as mesmas falas obscuras, pretensiosas ou então, enigmas e bobagens (risos). Frank Zappa sentenciou: entrevista de um músico para um jornalista é sinônimo de alguém que não sabe falar, dizendo coisas para alguém que não sabe escrever. Creio com todas as forças que isto mudou bastante.
O mercado já tem muita gente boa, realmente tem muito técnico de som bom por aí, por exemplo. Acredito que faltam pessoas que pensem na música e na humanidade num contexto mais abrangente, não pensar só sobre o business ou o showbusiness, mas sobre a possibilidade de trabalhar com o que se gosta e tocar isto adiante firme forte contente. É um pouco hippie, um pouco punk!

Rock`n`Talk - Hoje, com a internet e o acesso fácil a qualquer tipo de informação, as pessoas tem contato com vários estilos musicais e bandas novas. O curso dá alguma ferramenta para, nesse turbilhão todo, o aluno filtrar o que realmente é genuíno daquilo que é fugaz?
Frank Jorge - Por vezes é necessário conhecer e dominar o fugaz, para reencontrar o Genuíno, diria José Dirceu... A ferramenta eles já tem antes de entrar no curso que é o seu cérebro; Steve Jobs que me perdoe, muito mais eficiente que o iPhone!

Rock`n`Talk - Qual a discografia básica que você acha que deve estar na prateleira de qualquer músico, independente do estilo que toque?

Frank Jorge - The Beatles, Chico Buarque, Tom Jobim, The Rolling Stones, Cream, The Zombies, Os Mutantes, Celly Campelo, Roberto Carlos, Sttely Dan, The Beach Boys, Chuk Berry, Little Ricahrd, Tim Maia, Bach, Chopin, Beethoven , Igor Stravinsky, Frank Zappa, ACDC, Led Zeppelin, David Bowie, Noel Rosa, Sinhô, Francisco Canaro, Astor Piazolla, Queen, Blondie, Ramones, Los Hermanos, Erasmo Carlos, Reginaldo Rossi, Odair José, Elvis Presley, Kiss, Nirvana, Johny Cash, T. Rex, Roxy Music, The Strokes, Kaiser Chiefs, Damn Laser Vampires, The Ventures, The Supremes, James Brown, The Animals, Muddy Waters ...

Rock`n`Talk - Gostaria que você falasse um pouco do seu trabalho solo, de como conciliar sua carreira musical com a vida de professor e de seus futuros projetos.
Frank Jorge - Isto é outra pauta, outro dia! Mas estou bem contente por conseguir lançar um cd novo do trabalho Frank Jorge Solo - terceiro cd de estúdio, que está saindo agora em novembro de 2008 pela gravadora Monstro, chamado "Frank Jorge - Volume 3". - muito criativo, aliás. No www.myspace.com/frankjorgesolo o pessoal já pode conferir seis músicas deste trabalho. É rock e 100% brasileiro! Pitadas de brega e jovem-guarda com Anos 80. Sigo fazendo shows com a Graforréia Xilarmônica e o Tenente Cascavael, também.

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

CONHEÇA O DANIEL LEMOS


Daniel Lemos é um daqueles músicos que surgiu nos bares e casas noturnas, e hoje é considerado um dos grandes talentos da cena musical pop gaúcha, agradando a todos os tipos de público com um repertório variado e composições próprias. Você votou na nossa enquete, e nós fomos atrás para saber um pouco mais da carreira deste artista.

Rock'n'Talk - Como foi que você começou na carreira artística?
Daniel Lemos - A velha história de "ganha o violão aos 13", passa mais tempo com o violão do que jogando bola..(risos). Montei a primeira banda aos 16 anos, comecei a tocar profissionalmente aos 20, passei pelo processo natural de ter várias bandas cover de rock (Guns, Megadeth, Bon Jovi), mas sempre compus minhas próprias músicas (e sempre, por influência dos meus pais, escutei MPB, grandes compositores como Chico Buarque e Djavan). Durante 8 anos tive uma banda chamada Quíron, com quem lancei um cd em 1999. Nessa época ouvia muito Soul Music também. Me formei em arquitetura no mesmo ano, e paralelo à isso comecei minha carreira solo. Morei em SC por 3 anos, trabalhando como arquiteto, fazendo violão e voz em alguns bares e compondo bastante, até que me dei conta que minha vida era definitivamente música. Voltei pra Porto Alegre, comecei a tocar nos bares principais do RS e SC, gravei meu primeiro CD (Lendas Virtuais - lançado em 2005). Atualmente sigo tocando nos principais bares e preparando meu segundo CD.

Rock'n'Talk - Quais são as suas principais influências musicais?
Daniel Lemos - Acredito que tudo que escutamos (e que nos agrade) nos influencia. Já compus influenciado por tanta gente (desde Lulu, Ed Motta, Foo Fighters, é uma mistureba... risos) que isso já se tornou um processo natural. Ultimamente tenho escutado muito bandas como Maroon 5 e também gosto muito de vários trabalhos produzidos aqui em Porto Alegre mesmo.

Rock'n'Talk - Para você, quais são as principais dificulades encontradas para quem quer construir uma carreira musical?
Daniel Lemos - Não gosto de falar em "dificuldades", mas sim em "tempo natural das coisas". Construir uma carreira musical é como construir uma carreira em qualquer profissão. Para você ser médico, por exemplo, não é simplesmente escolher "ser médico" e sair se dando bem. Tens que estudar (e muito) pra entrar na faculdade, estudar 5 ou 6 anos, fazer mais 2 ou 3 de especialização, trabalhar muito e estar sempre se atualizando. Enfim, são anos e anos de dedicação até ter de fato uma carreira. Música é igual. Tem que acreditar, antes de mais nada, em seu trabalho. Persistir, persistir e persistir. Levamos anos para amadurecer musicalmente e é importante ter essa noção, porque é isso que torna natural o processo da "demora". Tudo acontece a seu tempo.

Rock'n'Talk - Como são os shows? Qual a média, como é a receptividade do público?
Daniel Lemos - Faço em média 3 apresentações por semana. Faço alguns trabalhos de violão e voz pra poder ganhar meu dinheirinho também né? (risos) Nos shows sempre somos muito bem recebidos. Apesar de fazermos o show cover, sempre colocamos no meio do repertório alguma música própria. E quando ela é recebida tão bem quanto os covers que tocamos, é sinal de que o trabalho está maduro, que estamos no caminho certo.

Rock'n'Talk - Tem algum show ou apresentação marcante? Qual foi?
Daniel Lemos - Uma das apresentações mais marcantes pra mim, foi numa das etapas da final do Festival de Música de Porto Alegre deste ano, quando defendi minha música "Tão Só" que fiz para meu pai, que sofre de Alzheimer há 10 anos. É uma música com significado muito forte pra mim e pra minha família (que estava lá). Tive que me concentrar muito pra não chorar no palco.

Rock'n'Talk - Quais são os projetos para o futuro?
Daniel Lemos - Comecei uma nova etapa da minha carreira, uma parceria com Rodolfo Chaves, grande guitarrista, com quem dividirei os arranjos do próximo CD. Então, pretendo no primeiro semestre de 2009 estar lançando esse novo CD para, em paralelo aos shows covers (afinal, tenho que pagar minhas contas... risos), colocar nos palcos meu show autoral. Pretendo fazer isso não só aqui no Sul, mas em todas as casas que forem abertas à esse tipo de proposta no país. Quero também usar a música "Tão Só" para divulgar mais sobre o mal de Alzheimer, e pretendo fazer dela um instrumento de ajuda pra pessoas que passam por esse terrível problema em sua família.

Rock'n'Talk - Para você, o que é "viver da música"?
Daniel Lemos - É ter o privilégio de se fazer o que se ama. Sempre ouvi de um tio meu "existe trabalho sem recompensa, mas não existe recompensa sem trabalho". Viver da música é ter a garantia de uma recompensa.

Para saber mais sobre Daniel Lemos e sua música, acesse:
www.daniellemos.net
www.myspace.com/danilemos
www.palcomp3.com.br/daniellemos
www.youtube.com/daniellemos75

A HISTÓRIA DO ROCK EM DVD


Se pararmos para pensar, veremos que o rock é um dos estilos musicais que mais histórias fascinantes possui, algumas delas você já leu aqui no blog Rock'n'Talk. São mais de 60 anos de transgressão, energia e boa música.

Em 1995, a Time e a BBC se uniram para produzir um documentário chamado "A História do Rock'n'Roll", hoje disponível em um box com cinco DVD's. Dividido em dez capítulos, a produção começa nas colheitas de algodão no delta do Mississipi, e termina na ascenção do rock underground nos EUA. São mais de dez horas de gravação, com depoimentos únicos daqueles que escreveram seu nome na história: Bono Vox, Mick Jagger, Little Richard, Joey Ramone, James Brown, Tina Turner, Santana, Bruce Springsteen, dentre outros. Além disso, foram resgatados trechos históricos de shows e apresentações dos grandes astros do rock. Ou seja, um produto para os fãs do gênero não botarem defeito algum!

"A História do Rock'n'Roll" é extremamente recomendado para compreender que o rock não é só um tipo de música, e sim um movimento cultural que está em constante evolução!

quinta-feira, 20 de novembro de 2008

ENTREVISTA COM MALLU MAGALHÃES


Foto: Mauricio Capellari

Dezesseis anos, fenômeno de downloads e reconhecimento da mídia e colegas de trabalho: 2008 é, definitivamente, o ano de Mallu Magalhães. Nós, do Rock'n'Talk, não poderíamos deixar em branco a passagem da menina por Porto Alegre, onde tocou no festival GIG Rock.

Rock'n'Talk - Esse ano as coisas estão acontecendo muito rápido para você. Depois de disponibilizar na web as suas músicas, um CD e um DVD já foram gravados. Como estás sendo administrar sua vida em meio a esse turbilhão?
Mallu Magalhães - Ah, eu acho que as coisas acontecem sempre bem naturalmente. Eu acho que, como qualquer outra profissão, tenho limites e compromissos, tenho de aprender a lidar. Pra isso tenho meus mais queridos pais. eles são meu chão: donde eu saio e pronde eu caio. Eles me dão estrutura emocional.. Assim eu vou aprendendo... Acho.

Rock'n'Talk– Chama muito a atenção essa sua tendência Faça Você Mesmo, indo para o estúdio e gravando suas próprias músicas. Que ferramentas você utiliza para gravar e editar seus sons?
Mallu Magalhães - Na verdade, minha primeira gravação foi no estúdio Lúcia no Céu. E antes de gravar o CD, não sabia direito a função de um produtor. Em estúdio ficava cada vez mais evidente. Milhares eram as vezes em que eu não sabia o que faltava. Era hora então de Marioca (Mário Caldato jr.) ajustar um timbre, mudar a sala, colocar um efeito ou dizer para eu cantar de novo. Assim, a naturalidade espontânea era captada pelo Mário de um jeito que a gente via claro e bonito. As mesas antigas, os rolos de fita, o som dos chiados escolhidos pela arte da intuição.

Rock'n'Talk - Nos seus shows você tem usado uma banda com bateria, baixo e guitarra. Como é para você passar a dividir o palco com outros músicos?
Mallu Magalhães - Quando eu escrevo as músicas, tento passar uma atmosfera que vem do meu dentro. Daí já vem meio que as idéias dos arranjos e tal. Eu bem que toco uns instrumentos, mas meus meninos são essenciais para caracterizar cada ponto.

Rock'n'Talk – Você tem 16 anos e, mesmo já com uma carreira musical muito bem engatilhada, deve ter aquelas dúvidas sobre o futuro profissional. Aqui no Rio Grande do Sul existe um curso universitário específico para formação de músicos e produtores de rock. Você pensa em fazer algo do gênero?
Mallu Magalhães - É, eu queria só poder continuar a tocar e a ser quem eu sou...Espero que esteja preparada para o que der e vier... Acho que estou. Porque se a gente quer a gente consegue, né?

Rock'n'Talk – Das 14 músicas do CD lançado recentemente, 12 são em inglês. Você pretende passar a compor mais em português, com o passar do tempo?
Mallu Magalhães - Eu tento ser fiel ao meu coração. E ele fala língua nenhuma e todas. Só ouço o que vem dentro. Cada vez vem dum jeito. É um negócio que sobe sem pensar ou filtrar com nome ou peneira cruel. Esse mês e o mês passado, por exemplo, só escrevi em português. Deve ter dado uma dezena e meia, por aí... Provavelmente o próximo disco vem mais português.

Rock'n'Talk – Como foi essa aproximação com o Marcelo Camelo? Como é trabalhar com ele?
Mallu Magalhães - É até difícil falar do Marcelo assim em linhas tão poucas. Dava até um filme as experiências e idéias que a gente tem. Bem ou mal, não é só um lance comercial ou profissional, acredito que a nossa amizade e ligação ficaram claras de luz no palco.

Rock'n'Talk – Das cidades que você tem passado, qual o lugar que mais gostou de tocar?
Mallu Magalhães - Ah, além de conhecer a loucura dos aeroportos, conhecer novos olhos não tem preço. Escolher um lugar? Não dá...

Quer saber mais? O pessoal do Conversation esteve no Gig Rock cobrindo o show da Mallu. Dá um pulo lá para ver como foi.

ENQUETE - RESULTADO E NOVAS BANDAS

Você votou, e a banda que terá seu perfil publicado aqui no blog será a DKLC. Parabéns ao pessoal da banda e para aqueles que a escolheram! Em breve você saberá mais sobre o grupo!

Seguem agora mais cinco bandas para votação:

Aderiva - www.myspace.com/bandaaderiva
Emblema - www.myspace.com/emblemaspace
Twenty Two - www.myspace.com/mytwentytwo
Twin Cities - www.tcities.blogspot.com
Vespas - www.myspace.com/osvespas

Clique nos links, ouça o som das bandas e vote na sua preferida aí do lado!

quarta-feira, 19 de novembro de 2008

COMPARTILHANDO SEU GOSTO MUSICAL

"Já ouviu isso aqui?" Quem gosta de música sabe o valor que esta frase tem. Geralmente ela é pronunciada por um amigo ou amiga, e precedida pelo ato de compartilhar o fone de ouvido do MP3. É neste ato de compartilhamento que as pessoas descobrem novas bandas, novos sons, e novas influências para as próprias músicas. Agora imagine a mesma ação feita de forma global? Consegue pensar nas possibilidades infinitas de fugir do convencional e ouvir novos sons? E o melhor: tudo isso ao alcance de um clique!

A Last.fm funciona quase como um "Orkut" voltado para a música. Lá você pode criar o seu perfil pessoal e musical, adicionando na playlist os artistas que você mais ouve. Se não tiver paciência para isso, a Last.fm disponibiliza um plugin para instalar no Winamp ou no Windows Media Player, que inclui automaticamente no seu perfil as músicas que você ouve no computador. Além disso, você pode recomendar uma banda ou uma música para que seus amigos possam ouvir, da mesma forma que você também recebe recomendações. Quem tem blog ou site pode expandir seus gostos musicas colocando um tocador na página - igual ao que a gente tem aí do lado. Aliás, vocês já ouviram as músicas que selecionamos?


Outra forma, que surgiu recentemente, é o Blip.fm. Quem já conhece sistemas de microblogs como o Twitter, Jaiku e Plurk, irá se familiarizar com ele. No Blip.FM, a intenção é responder a pergunta "O que você está ouvindo agora?" Localize a música e compartilhe com seus amigos.


E o que você está esperando? Conecte-se e descubra novas referências musicais!

terça-feira, 18 de novembro de 2008

UM É POUCO, DOIS É BOM, MUITOS É UM FESTIVAL

E se de repente algum maluco resolvesse investir o dinheiro de uma herança para fazer um mega-show com todos os grandes astros de rock? Ou ainda unir todo mundo para tocar em prol dos famintos na Etiópia? Isso já aconteceu, e estes encontros entraram para a história pela grandiosidade dos eventos e pelas figuras que passaram por lá.



Os anos 60 foram marcados pela contracultura nos EUA. Hippies, protestos contra a guerra e contra o capitalismo, e a filosofia "paz e amor" invadiam a juventude. Nesta época, John Roberts, filho de grandes empresários do setor de cosméticos, não sabia o que fazer com a quantia de US$ 4 milhões que havia herdado. Junto com seu amigo Joel Rosenman, criaram a Woodstock Ventures Incorporated, para administrar o dinheiro e o que iriam fazer com ele, neste caso, um festival de música com três dias de duração, onde imperassem o folk, com seu pacifismo e sua contundente crítica social, o rock, com sua contestação ao conservadorismo dos valores tradicionais, o blues, com sua melancolia que havia décadas já mostrava as contradições da sociedade norte-americana.


Jimi Hendrix - Voodoo Child (Woodstock, 1969)

Dinheiro não era o problema maior – a questão era onde o show iria ser feito, já que ninguém queria envolver seu nome junto com um bando de hippies. Eis que a dupla de jovens empresários descobre a fazenda de Max Yasgur, um empresário da indústria laticínea, que aceitou ceder seu terreno em troca de um preço bem salgado para a época – US$ 125 mil. Fora isso, os organizadores pagavam o dobro do cachê da época para os artistas participarem do festival. Poucos rejeitaram a oferta, como The Doors e Led Zeppelin, que estavam envoltos em suas turnês e projetos pessoais.


Joe Cocker - With a Little help from my friends (Woodstock, 1969)


Então, entre os dias 15 e 17 de agosto de 1968, a pequena fazenda na cidade de Bethel, em Nova York, que estava preparada para receber 50 mil pessoas, foi a casa de mais de 400 mil fãs de música e pregadores da "era de Aquário". E só quem esteve lá pôde presenciar apresentações históricas de Janis Joplin, Jimi Hendrix, Joan Baez, The Who, Santana, Creedence, Grateful Dead, Joe Cocker, Jefferson Airplane, dentre outros. Woodstock foi um sucesso, considerado o auge da contracultura e um marco para o movimento hippie.


Santana - Soul Sacrifice (Woodstock, 1969)


Em 1985, foi a vez dos músicos Bob Geldof e Midge Ure reunirem grandes nomes da música, mas desta vez por uma causa humanitária. Geldof havia assistido uma matéria n a BBC sobre a fome na Etiópia, e decidiu não ficar de braços cruzados. A primeira idéia foi lançar um single para o Natal. Junto com Paul McCartney, Bono e The Edge (U2), Boy George e outros, gravaram a música "Do They Know I's Christmas?". O músico esperava juntar 70 mil libras, mas dizem que o lucro ficou na casa dos milhões.



A iniciativa estimulou outra movimentação conhecida do público nos EUA. Alguém aí se lembra de "We Are The World"?



Mas Geldof não estava satisfeito. Decidiu viajar pelo mundo e estimular seus contatos a fazer um projeto audacioso, o Live Aid – um show transmitido via satélite e realizado em lugares diferentes. Os concertos foram realizados em Londres (com uma platéia de aproximadamente 82 mil pessoas) e na Filadélfia (aproximadamente 99 mil pessoas). Alguns artistas apresentaram-se também em Sydney, Moscou e Japão.


Queen - We Will Rock You (Live Aid, 1985)


Foi uma das maiores transmissões em larga escala por satélite e de televisão de todos os tempos -- estima-se que 1,5 bilhão de espectadores, em mais de 100 países, tenham assistido a apresentação ao vivo, arrecadando mais de US$ 280 milhões. A data em que ocorreu, dia 13 de julho, foi instituída como o Dia Mundial do Rock.


Black Sabbath - Iron Man (Live Aid, 1985)


Rock'n'Roll. Há mais de 60 anos quebrando conceitos e ajudando pessoas.

UM CONVERSE PARA OS FÃS DE STIFF LITTLE FINGERS - VENCEDOR



E quem levou o All Star dessa vez foi o leitor Pablo Dias. Ele provou estar ligado na origem do Stiff Little Fingers, uma das maiores bandas da história do punk rock. Para ganhar o par de Converse 0 Km, ele respondeu a pergunta:

O Stiff Little Fingers é uma das maiores bandas do cenário punk europeu, sendo fundada em 1977, em Belfast, por Jake Burns. No entanto, antes de descobrirem o ritmo dos três acordes, os caras tinham outro grupo.

A pergunta então é: Qual era o nome dessa primeira que os integrantes do Stiff Little Fingers tinham nos tempos de escola?

A resposta: Highway Star.

Parabéns, Pablo! Entraremos em contato para agilizar a entrega do seu Converse.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

O PESADO VERÃO EUROPEU - ENTREVISTA COM JUNINHO (DISCARGA)


Na cena independente, o lema Faça Você Mesmo parece sempre vir acompanhado com uma inevitável tendência à hiperatividade. O cara que sobe ao palco é o mesmo que marca os shows, organiza as tours e divulga seu som pela internet.
Para não fugir à regra, o entrevistado da vez é Paulo Sergio Sangiorgio Junior (A.K.A Juninho). Atualmente ele pilota o contrabaixo dos Ratos de Porão e Discarga, além de ser integrante do projeto Eu Serei a Hiena, que conta com várias figuras carimbadas do underground nacional.
Recém chegado de uma tour européia com o Discarga, Juninho nos conta como foi a maratona de 43 apresentações pelo velho continente. Espanha, Alemanha, República Tcheca e Itália foram alguns países visitados. Confere.


Rock'n'Talk - Nesse ano, o Discarga passou um bom tempo na Europa. Explica para nós como foi o processo de organizar uma tour tão extensa. Com quem vocês contaram lá fora e com que banda dividiram o dia-a-dia na estrada?

Juninho - O Discarga realmente fez uma tour bem grande nesse verão europeu de 2008, foram 43 shows no total, em uns 15 países diferentes. A organização da tour foi tranqüila, pois ela foi dividida por partes e pessoas diferentes que nos ajudaram por lá. O nosso novo disco foi lançado na Europa, por um selo alemão e outro polonês, daí esse pessoal ajudou muito a gente com tudo, e o melhor de tudo que entramos em contato com eles a bastante tempo, desde dezembro de 2007 já estávamos nos falando e organizando tudo. Com toda essa antecedência ficou fácil marcar esses shows. Daí numa segunda parte da turnê um amigo espanhol nos ajudou com os shows por lá. Portugal foi tranqüilo também para marcar, velhos amigos de lá nos ajudaram e no final das contas foi só ter um pouco de paciência para juntar todos os contatos, as cidades, organizar tudo e começar a girar pela Europa. A turnê começou em Berlin, de lá mesmo vive o camarada que lançou o disco, daí ele nos ajudou a alugar equipamento (bateria, amplificadores), e nos ajudou a alugar a van, tudo num mesmo lugar que que se chama Yellow Dog, e eles trabalham com bandas faça-você-mesmo à anos. Eu mesmo fui o motorista da tour, e nossa amiga Andreza (baterista da banda Justiça) foi com a gente para vender merchandise, portanto éramos 4 pessoas no total.
Dividir palco foi o que mais fizemos na turnê!! Foram inúmeros shows com bandas ótimas de todos os tipos, mas fizemos a turnê sozinhos, tipo sem nenhuma banda tocando juntos todos os shows.



Rock'n'Talk – Quais lugares vocês tiveram um melhor retorno do público?

Juninho - Nessa turnê nosso maior retorno do público foi sem dúvidas o Obscene Extreme Festival. Ele acontece já a 10 anos, e é o maior festival de grind core/metal/punk da Europa. Fica na cidade de Trutnov, na República Tcheca. Lá tocamos para umas cinco mil pessoas, público insano mesmo, foi realmente muito bom para nós. Nesse dia vendemos muitos discos, cds, camisetas, e muita gente veio falar com a gente depois do show. Inclusive fomos convidados para tocar numa apresentação de última hora, um festival de grind na Alemanha chamado Grind The Nazi Scum. Os caras viram nosso show e fizeram o convite lá mesmo. Nesse festival tocamos com o Extreme Noise Terror, Impaled Nazarene, Agathocles, Regurgitate e mais uma dezena de bandas!! Foi realmente muito bom pra nós. Na semana seguinte tivemos muita gente acessando e adicionando nosso Myspace, foi uma loucura.


Rock'n'Talk – Em comparação com a realidade brasileira, como rolam os festivais independentes na Europa? Alguns são bem grandes, como o Ieper e Obscene Extreme. Como foi essa experiência?

Juninho - Nós já tínhamos participado do Ieper em 2003, e tocamos lá esse ano também. A diferença é imensa, pois é um festival na Bélgica, tudo de primeiro mundo, num esquema totalmente profissional. A estrututa, em todos os sentidos, é de primeiro mundo, desde o palco, comida, etc. O Obscene também não peca em nada, super estrutura boa em todos os sentidos, hotel para as bandas e tudo mais. Aqui no Brasil as coisas funcionam diferente, principalmente na parte cultural. Cara, esses dois festivais são no meio do nada, cidades minúsculas onde as pessoas levam barraca e ficam acampadas todos os dias. Daí eu fico imaginando isso aqui no Brasil. Nunca funcionaria, o pessoal não tem esse costume, as pessoas daqui que saem com uma barraca de casa é para acampar em cidade do interior ou praia pra terem tranqüilidade. A experiência sempre é ótima, ver como as coisas funcionam em outras culturas, no modo de se organizar e tal, é bem legal. Agora em janeiro um pessoal aqui de São Paulo está fazendo o Full Fest, uma idéia um pouco mais parecida com esses festivais europeus. Eu espero que dê tudo certo e role sempre.


Rock'n´Talk – Como você vê a cena straight-edge no Brasil atualmente? Quais bandas, além do Discarga, que você acha que as pessoas deveriam dar atenção?

Juninho - A cena Straight-Edge brasileira anda muito bem, como sempre muita gente organizando shows, fazendo bandas, coletivos, etc... A produção no meio SXE é sempre bem interessante, eu percebo sempre diferentes opniões dentro da mesma cena, a galera discutindo e produzindo algo contestador de verdade. Independente de que muita gente fale mal do SXE, ele tem uma importância fundamental na cena brasileira e mundial, com suas bandas, fanzines e eventos. Eu não gosto muito de citar bandas, pois sempre esqueço algumas e daí fica chato, mas pelo menos aqui em São Paulo tem muita coisa rolando em Sapopemba, Carapicuíba, Osasco. Uma galera straight-edge de bom gosto que faz muita coisa e vale a pena o pessoal correr atrás pra saber.


Rock'n'Talk - De todos os lugares que você já visitou fazendo tours, qual foi aquele que deu mais vontade de voltar? (seja por causa da música ou das experiências passadas por lá.)

Juninho - É impossível citar apenas um local, pois lá você vive uma diversidade enorme todos os dias. Os países são pequenos, portanto um dia você está na Croácia, que tem uma língua, uma cultura, daí viajando seis horas ou menos você pode estar na Eslovênia, por exemplo, que é totalmente diferente. Eu gosto muito dos shows na Itália, os lugares são muito bonitos e a galera é muito receptiva. Já na Polônia o povo é mais fechado, mas ao mesmo tempo você percebe que eles são um tipo de terceiro mundo europeu e tem muita coisa em comum com a gente no aspecto social. Na Holanda o pessoal é mais quieto, mas sempre os shows e festivais são ótimos, sempre vemos muitas bandas ótimas lá, como Manliftingbanner, Seein Red, Vitamin X...

Rock'n'Talk– Fala um pouco dos planos do Discarga para o ano de 2009. (discos, shows, tours)

Juninho - O Discarga em 2009 pretende fazer bastante shows por onde der, após o lançamento do disco ainda não tocamos no Brasil, pois nosso vocalista volta só em janeiro de uma viagem e estamos paradas desde a tour. Pretendemos gravar um material no final de 2009, para um split com o Seein Red, que esperamos que dê tudo certo, pois lá nessa viagem já deixamos tudo acertado com eles, mas nunca se sabe, vamos todos torcer pra rolar.
Não temos como pensar em tours agora e em 2009 imagino que vamos ficar só dentro do país mesmo, ao menos que role algo na Argentina. Europa talvez só daqui há dois anos, pra dar continuidade ao trabalho que estamos fazendo por lá.

INGRESSO PARA A BURN PLAY LOUDER - GANHADORES



Já temos os nomes dos felizardos que irão dançar ao som de Steve Aoki na festa Burn Play Louder, na sexta-feira,m lá no Porão do Beco:

-Fernanda Moura

-Pedro Henrique Oliveira Coelho

Os dois foram os mais rápidos a responderem quais músicas de Lenny Kravitz, Good Charlotte e Duran-Duran foram remixadas por Aoki. As respostas:

Lenny Kravitz - Dancin' Til Dawn
Duran Duran - Skin Divers
Good Charlotte - Misery

Parabéns, Fernanda e Pedro! A produção vai entrar em contato com vocês para entregar os ingressos. Boa festa!

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

ROCK NA MARQUISE

A cena rock porto-alegrense dá sinais que se fortalece a cada dia que passa. E isso não se nota somente em cima dos palcos da cidade. Um exemplo é a Marquise 51, casarão da Avenida Cristovão Colombo. Por lá, funciona um QG onde tudo conspira a favor do rock’n’roll e todas suas vertentes. Estúdio de ensaio, gravação, selo, produtora, e espaço para oficinas e palestras, tudo em um só lugar.


“Inauguramos no fim de março, mas estamos construindo desde outubro de 2007”, disse Lucas Hank, um dos sócios da empreitada. Todas as salas do espaço foram projetadas por um engenheiro e a preocupação com o isolamento acústico foi total. Dentro do espaço de ensaio, uma bateria Mapex completa espera pelas bandas, além de guitarras Fender Strato e Telecaster e um baixo construído pelo luthier Alex Cherrutti.


Para os que querem fazer da Marquise 51 o ponto de partida para o registro em CD, a parafernália de gravação é ainda maior. Cubase e Pro -Tools são os programas utilizados, aliado a um sistema de 32 canais. Piano acústico, microfones e amplificadores valvulados estão lá, para quem quiser dar um ar vintage para o trabalho. “Apesar de toda a tecnologia, achamos legal ter esses aparelhos valvulados, daqui a mil anos todos ainda vão usar os valvulados”, diz Lucas.
Fora o equipamento de primeira, a própria construção do local já previa uma “sala viva”, para obter a resposta natural dos instrumentos. Para confirmar a eficiência, é só dar uma escutada nos últimos trabalhos de Identidade, Júpiter Maçã e Andina. E provando que a música fala mais alto do que qualquer gênero, até o gaiteiro Gilberto Monteiro foi buscar na Marquise o ambiente que precisava para fazer as trilhas sonoras de filmes e seriados europeus.


Como produtora, o pessoal da Marquise 51 organiza shows e festas. A vinda de Thunderbird a Porto Alegre, o festival Morro Stock e as festas Combat Rock, que já rolou em Porto Alegre, Caxias e Santa Maria são de responsabilidade do pessoal de lá.



quinta-feira, 13 de novembro de 2008

ENQUETE - RESULTADO E NOVAS BANDAS

Como tem acontecido toda semana, nós publicamos o link de cinco bandas para votação, sendo que a vencedora tem o perfil publicado aqui no blog. A primeira banda foi a Vitrola Basca. E nesta semana foi a vez de Daniel Lemos. Em breve você irá conferir o perfil dele aqui no blog.

Como a gente não perde tempo, já temos mais quatro bandas para aparecer por aqui. São elas:

Delusi – http://www.delusi.com.br
DKLC – http://www.myspace.com/bandadklc
Gallaxy Trio – http://www.gallaxytrio.com.br
Terno de Reis - http://www.palcomp3.com.br/ternodereis

Clique, ouça e vote!

quarta-feira, 12 de novembro de 2008

MOSTRANDO SEU TRABALHO PARA O MUNDO

De que adianta ter uma boa banda, fazer músicas legais, se você se esconde? Vai esperar que a fama, dinheiro e fãs caiam do céu? O caminho para o sucesso passa pelo marketing pessoal e pela divulgação do seu trabalho. E a internet tem se mostrado uma ótima ferramenta para isso. De bandas atuais como Frezno e NXZero a medalhões consagrados como Coldplay e Radiohead, todos usam a rede mundial de computadores para estreitar os laços com seu público e dar mais visibilidade às obras. Sites, blogs, redes sociais estão aí exatamente para isso. E não precisa ser um expert em programação - todos os serviços que iremos citar são fáceis de manusear.

A febre que atinge o cenário musical atualmente chama-se MySpace. A rede social aglutina serviços de blog, album de fotos, canal de vídeos e rádio personalizados. É raro uma banda não ter um perfil de divulgação no MySpace, disponibilizando músicas inéditas (como uma espécie de "termômetro", para saber se o público irá aprovar ou não). A popularização do serviço, a disponibilidade de ferramentas, e a relação da empresa com os usuários (o MySpace possui escritórios no Brasil) faz deste o principal meio de comunicação e divulgação das bandas. O único ponto negativo estão por conta de algumas funções, como comentários, que só são permitidos para quem também é usuário do serviço.


Myspace do R.E.M.. Clique para acessar.


Para quem quiser ir na contramão do modismo, há a possibilidade de criar blogs em sistemas gratuitos, como o Blogger e o Wordpress. O primeiro dá uma liberdade maior para customização da página (contanto que você saiba um pouco de linguagem HTML). O segundo já é mais estático, permitindo poucas mudanças, mas facilita a administração de conteudo.


Blog da Fernanda Takai (Pato Fu) no Wordpress. Clique para acessar.

O problema está na inserção das músicas nos blogs. Como o Blogger e o Wordpress não oferecem hospedagem para arquivos MP3 (o formato mais comum), o jeito é apelar para as versões em audio do Youtube: GoEar, MP3Tube e Odeo. Ambos seguem o mesmo princípio - cadastre-se, faça um upload da sua música, copie o código que irá aparecer e cole dentro do seu blog.


Modelo dos players no GoEar, MP3Tube e Odeo.

Por fim, se ainda não for o suficiente, você pode investir em uma página própria, com hospedagem e domínio exclusivo, sem comprometer a compra do novo sintetizador para a guitarra. Pagando R$ 15 por ano é possível registrar um domínio na internet do tipo nomedabanda.com . E a hospedagem do site pode sair por menos de R$ 10 por mês. Aí é só pedir ajuda para aquele amigo geek que é fã da banda para ajudar na construção do site.

Depois disso, espalhe o endereço do site da banda. Mande e-mail com o link para os amigos, casas noturnas, gravadoras... Use o Orkut, crie uma comunidade para divulgar o grupo (mas sem abusar dos scraps aleatórios, nem todo mundo gosta de propaganda no seu profile). E aí, pouco a pouco o número de acessos vai crescendo, e a sua banda vai ficando conhecida. Não espere um sucesso imediato. Tudo acontece no tempo certo, e quando menos esperar, o sucesso bate na porta.

CONHEÇA A VITROLA BASCA



A banda Vitrola Basca foi eleita através da nossa enquete para ter o seu perfil publicado aqui no blog. Formada no final de 2006 em Porto Alegre, com uma proposta inovadora dentro do underground, a Vitrola vem conquistando aos poucos seu espaço na cena gaúcha com um som que vai do retrógado mod rock até o novo indie. Um dos grandes méritos do grupo formado por Diego Farina (guitarra e vocal), Guilherme Pirillo (guitarra solo, baixo e backing vocal), Miguel Bonumá (teclado), Maurício Ataíde (bateria) e Vitório Farias (guitarra e vocal) foi ter ficado em segundo lugar no Pepsi Rock 2007, dividindo o palco com bandas nacionalmente conhecidas para mais de 1.000 pessoas. batemos um papo com o Maurício, que falou um pouco sobre a trajetoria da banda:

Rock'n'Talk - Como foi que o grupo se conheceu?
Maurício - Na verdade a banda já passou por diversas fases. A formação mudou bastante também, mas o pessoal se conheceu mesmo foi no colégio. Tocávamos alguns covers e tentávamos lançar algumas músicas próprias, mas tudo apenas por diversão. Da brincadeira sem compromisso começamos a achar que dava para tentar algo a mais. A partir daí fizemos bons shows que nos renderam uma divulgação bacana. Tudo isso acabou nos levando ao Pepsi Rock, onde tiramos o 2º lugar. Após nos formarmos acabamos dando um tempo com a música, devido ao vestibular e ao ingresso na faculdade. Ficamos praticamente esse ano sem nos movimentarmos muito, até o Vitório entrar e começarmos a ver que realmente não deveríamos parar. A entrada do Vitório na banda aconteceu nos últimos dois meses, o que veio a revitalizar os novos trabalhos da Vitrola Basca. Tal ingresso se deu através do primo do Diego, a quem o Vitório conheceu, junto a outros gaúchos, enquanto ambos moravam em Londres. Depois de alguns ensaios, ficou clara a sintonia entre todos os integrantes da banda, o que culminou com uma nova formação da mesma. E o resto é história. Que siga o baile!

Rock'n'Talk - De onde vocês tiraram o nome da banda?
Maurício -
Dizem que decidir o nome de uma banda é sempre uma questão difícil. Para nós foi um verdadeiro caos!! Chegamos a fazer uma lista com quase cem nomes... A dificuldade estava em encontrar um nome bacana, mas que ao mesmo tempo fosse algo pessoal nosso (não queríamos nada “pronto” e sem significado). “Vitrola Basca” surgiu mesmo com uma idéia de uma amiga nossa, a Sílvia. Saiu do nada e todo mundo curtiu... Vitrola soa bem e é “legal de desenhar”, de acordo com ela. Basca é referência, claro, a região da Espanha. Surgiu de uma viagem do pai do Miguel, o tecladista da banda, que esteve por lá e disse ser um lugar muito louco.

Rock'n'Talk - Como a banda define o som que vocês fazem?
Maurício -
Basicamente, nosso som é o Rock. Se somos Indie Rock, Rock Alternativo ou qualquer outro tipo de Rock, não sabemos. Definir o som sempre acaba em rótulo... temos várias influências, como qualquer outra banda, que nos levaram a construir o que hoje acreditamos ser o som da Vitrola Basca. O lance mesmo é deixar o pessoal classificar a nossa música como bem entender, já que isso parece ser tão necessário atualmente, não é mesmo? Até por que a classificação de gênero musical já está muito manjada... a maioria das bandas tenta se enquadrar no estilo musical do momento, o que soa um tanto comercial. Assim, preferimos criar algo nosso de verdade, desprendo-nos de rótulos e do que está na moda.

Rock'n'Talk - Como são os shows? Qual a média, como é a receptividade do público?
Maurício -
Geralmente são bem legais. A banda já tem uns três anos e os shows mudaram bastante. Passamos por momentos bem diferentes: shows com 10 pessoas no início, horário péssimo, show de várias bandas com pouca música para cada... Mas achamos que tudo foi muito importante. Começar desse jeito e conseguir fazer shows, hoje, em melhores condições (espaço, ambiente, tempo de palco, etc.) é a melhor forma de manter os pés no chão, é mais gratificante. Tu começas a dar maior valor pra cada pessoa que escuta o teu som. Em relação a receptividade, nos consideramos com sorte. Sempre tivemos bons amigos para apoiar... (risos). Média de público? Isso é muito variável... já foi de 10 pessoas a 1.000.

Rock'n'Talk - Qual foi o show/lugar mais louco que vocês tocaram?
Maurício -
Com certeza foi a final do Pepsi Rock, no Pepsi On The Stage. Tinha muita gente!! Eram mais de mil pessoas nos ouvindo, palco gigante, galera cantando e tudo mais. Destacaria também o show de estréia da nossa última música, no Art Bar. O lugar é pequeno, mas lotou e tinha muita gente conhecida, cantando muito alto. Foi bem marcante!

Rock'n'Talk - Quais são os projetos do grupo para o futuro?
Maurício -
Estamos trabalhando nas novas músicas, as quais pretendemos finalizar ainda no primeiro trimestre de 2009. A idéia é começarmos o ano que vem com força total, focados nos shows e na divulgação da banda. Paralelamente, temos outro projeto para o início de Fevereiro que envolve um show surpresa com músicas cover de uma banda gringa. É uma surpresa para todos aqueles que nos acompanharam, até agora e, por isso, não podemos falar mais a respeito, mas temos certeza que todos vão gostar bastante.

Rock'n'Talk - Para vocês, o que é "viver do rock"?
Maurício -
Para nós, de forma mais crua, representa ter como forma de trabalho e expressão aquilo que mais gostamos de fazer: tocar e escutar rock ‘n roll. No momento ainda dependemos de outros trabalhos que não são relacionados à música. Alguns de nós também dividem o seu tempo com os estudos, ou seja: por enquanto, o “Viver do Rock” é algo a ser alcançado. É o nosso maior objetivo e vamos atrás dele.

Para saber mais sobre a Vitrola Basca, acesse o perfil da banda no MySpace ou a comunidade no Orkut.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

O NASCIMENTO DO ROCK (parte 2)

Se você já leu a primeira parte desta história, sabe que o sul dos EUA teve uma grande explosão musical vinda dos negros através do blues, do jazz e do gospel. Porém, o rock ainda não passa de um embrião, e muita coisa ainda estava por acontecer.

Os músicos negros, por não serem conhecidos do grande público, precisavam começar de baixo antes de alcançar o sucesso. Seus principais palcos eram os honky tonks - pequenos bares frequentados pela classe operária, cujos principais atrativos eram a bebiba barata, a música e as mulheres. Eram ambientes onde muitas histórias circulavam, inspirando os músicos em suas composições.



A medida em que eram descobertos pelos donos de gravadoras, e passavam a gravar seus discos, descobriam um novo obstáculo: a discriminação racial. Músicas de negros só tocavam em rádios de negros. Nas emissoras mais abrangentes, o trabalho dos artistas era transmitido em horários de pouca audiência. Então você pergunta: "o que as rádios tocavam então no restante da programação?" Além de músicas clássicas, os ouvintes americanos apreciavam um som peculiar da costa oeste, tocado por caipiras brancos, conhecido como hillbilly, que mais tarde deu orígem ao country.



Os donos das gravadoras da época, reconhecendo o potencial da música negra, e as barreiras impostas pelo preconceito, deram um pequeno "jeitinho": contratavam artistas brancos para cantar as composições dos músicos negros. Bingo! Sucesso garantido!



Toda essa revolução musical no sul dos Estados Unidos acontecendo nos anos 40 e 50 serviu como preparação de um som mais pesado, com uma batida rápida e que misturava um pouco de cada um destes ritmos. Alan Freed, DJ que apresentava um programa de rádio à noite sob o apelido de "Moondog", batizou aquele novo som com uma expressão utilizada em algumas músicas da época, o rock'n'roll. Porém, ainda faltava um "algo a mais"...

Este "algo a mais" surgiu quando um motorista de caminhão de Memphis entrou na gravadora Sun Records para gravar um LP como presente para sua mãe. Pouco tempo depois, ele retorna para gravar o primeiro sucesso da sua carreira, That's All Right Mama. Era Elvis Presley, considerado por muitos como a encarnação viva do rock. Aquele foi o marco zero, abrindo espaço para todos que vieram depois dele.



Antes de Elvis, não havia nada. (John Lennon)

CONVERSE PARA OS FÃS DE MC5 - A VENCEDORA



E a vencedora da promoção da Converse dessa semana é: Juliana Sandri. A moça foi a mais rápida a responder: Qual o nome do primeiro disco do MC5, em que ano foi lançado e por qual gravadora?

A resposta: Kick out the Jams em 1969 pela Elektra Records.

Parabéns Juliana. A produção vai entrar em contato com você para agilizar a entrega do seu Converse!

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

PASSAPORTE PARA O FESTIVAL GIG ROCK - VENCEDORES



Os felizardos que ganharam passaporte para o festival GIG Rock são:

- Airo Munhoz
- Camila Chagas
- Dennes Renovato
- Fernanda Moura
- Marcos Barbosa

Para faturar, o pessoal teve que responder à seguinte pergunta: Qual o nome do álbum de estréia de Mallu Magalhães, quem foi o produtor do disco e quantas faixas ele possui?. As respostas: O nome do novo Cd da Mallu Magalhães é Mallu Magalhães mesmo, a produção foi feita por Mário Caldato Jr e o disco terá 14 faixas.

"TEM QUE RALAR MUITO"



Viver de música não é uma tarefa fácil. Viver estritamente da música que você gosta de tocar é ainda mais complicado. Mas a cada dia que passa, fica claro que, com um pouco de foco e teimosia, as coisas acontecem. Nosso entrevistado dessa vez é Gabriel Zander (na foto, ao centro), a.k.a Bil que há mais de uma década está na batalha na cena independente brasileira. Noção de Nada, Deluxe Trio e Discoteque são algumas das bandas que o sujeito capitaneou. Com o tempo de estrada, veio a vontade de montar o próprio estúdio. E lá foi ele montar o Superfuzz, instalado hoje no bairro do Humaitá, no Rio de Janeiro.

Em nosso bate-papo, Bil conta sobre os perrengues que se passa quando se está longe do mainstream, a busca pelo aperfeiçoamento nas gravações e seus planos para o futuro.

Rock’n’Talk - Você passou por bandas que tiveram grande respaldo na cena independente brasileira Noção de Nada, Deluxe Trio, Discoteque como administrar tours, distribuição de cd e venda de merchandising não tendo uma major por trás?

Bil- Cara, tem que ter muita força de vontade mesmo, muita determinação e muito foco pra não acabar rolando confusão e prejuízo. No meio independente, todas as funções dependem umas das outras e como é você mesmo que tem que cuidar de tudo, é preciso ter muita organização, acho que essa é a parte mais importante e mais difícil. Ser organizado e a cima de tudo amar estar envolvido com isso, por que se não gostar muito mesmo, não vale a pena. Não há um retorno financeiro significativo que te permita trabalhar menos no meio independente, nem pra maior das bandas independentes, pode apostar, tem que ralar muito.

Rock’n’Talk - Qual foi a primeira ferramenta de gravação que você teve contato? No disco Trilogia Suja de Copacabana, teve muita coisa que você gravou em casa mesmo, não? Como foi isso e que tipo de equipamento vocês usaram?

Bil - O disco foi todo gravado na minha casa, especificamente no meu quarto. Minhas ferramentas eram um computador com o Pro-Tools, uma interface Digi 001 e 4 microfones Shure SM58, nada além disso. Adoro o resultado do disco e até hoje acho que é o melhor disco q já fiz, principalmente levando em consideração a falta de recursos que te obriga a ser mais criativo em todos os sentidos. Tenho ótimas lembranças dessa época.

Rock’n’Talk - Depois de quanto tempo tocando você decidiu começar a se aperfeiçoar com as ferramentas de estúdio?

Bil - Acho que depois de uns 10 anos tocando, sempre fiquei frustrado com as gravacoes que fazia em estudios profissionais que alugavamos por hora. Nao por falta de recursos ou conhecimento tecnico do pessoal dos estudios, mas mais por uma questao de referencia mesmo, tipo chegar lá e o cara conhecer as bandas e os discos que eu adorava, que eu queria atingir uma sonoridade próxima, ter os timbres como referência. Isso era muito dificil e nunca chegava num resultado que me agradasse 100%. Foi ai que o velho espirito punk do faça você mesmo ou voce tá
ferrado bateu e resolvi por a mão na massa de verdade e começar a gravar eu mesmo, daí a coisa foi crescendo e acabou se tornando a minha profissão. Mas desde moleque sempre fiz gravações caseiras, gravando demos ultra toscas em casa, sempre adorei esse processo.

Rock’n’Talk - Quanto tempo levou e como foi o processo para montar o Superfuzz?

Bil - Rapaz, acho que foi mais de um ano entre a idéia inicial de montar o estúdio até o processo todo de procurar um espaço pra alugar, conseguir alguém que topasse alugar pra gente, fazer obra, adquirir equipamentos, etc. Acho que demorou mesmo uns dois anos até o estúdio poder abrir as portas oficialmente desde a nossa primeira conversa sobre isso.


Rock’n’Talk - O plano para o futuro é se dedicar cada vez mais à produção de discos de outras bandas?

Bil - Sim, gostaria de produzir mais bandas nas quais eu acredito e me identifico, acabo sendo muito mais técnico do que produtor, porque produzir exige muito mais tempo com a banda e ainda não existe muito a cultura do pessoal saber separar o trabalho de técnico do trabalho de produtor, por isso não acham necessário pagar mais por esse trabalho e acham q por você estar ali gravando e operando te faz também o produtor do disco deles, o que nao é verdade. Produção é outro trampo que eu gosto bastante, mas preciso gostar e me identificar com a banda de alguma maneira.

Rock’n’Talk - Se quiser divulgar uma banda que tenha gravado disco no Superfuzz, fica à vontade para dar o toque e o pessoal poder conferir o trampo

Bil - Gostaria que o pessoal desse uma olhada no trabalho da Stripclub.

Rock’n’Talk - Quais são os planos com a banda Zander? Vai rolar tour, shows por outras cidades? Qual é a pilha do som?

Bil - Os planos são de compor o máximo de músicas o mais diferentes umas das outras possível, gravar o máximo de idéias e transformá-las em discos, lançar, ensaiar, tocar, fazer videoclipes, etc. Queremos fazer tours sim, porém com um mínimo que julgamos necessário de organização e de estrutura, estamos todos mais velhos, com muitas responsabilidades fora da banda e queremos fazer as coisas da melhor forma possível, sem afobamentos e sem nos rebaixarmos a certas situações pelas quais já passamos.

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

ENTREVISTA COM RAFAEL MALENOTTI

O entrevistado da vez é o cara por trás da voz e composições do Acústicos & Valvulados. Sempre na estrada, morando em Floripa e conectado com os amigos de banda em Porto Alegre, Rafael Malenotti conversou com a gente sobre produção e trabalho em estúdio, além de contar umas novidades.

Rock’n’Talk - No Acústicos & Valvulados, como vocês estão coordenando a carreira nesses tempos de MySpace e downloads gratuitos? A cada lançamento de disco, vocês já estão pensando nessas estratégias de divulgação?

Rafael - Estamos no momento trabalhando em novas composições para poder dar sequência ao trabalho lançado em 2007 - Acústico, ao Vivo e a Cores - mas com certeza já de olho em como nos adaptarmos com essas novas ferramentas de divulgação e que são importantíssimas a cada dia que passa. Somente esse ano conseguimos nos dedicar mais no MySpace , Fotolog , etc ... Estávamos devendo isso a muita gente, mas a falta de hábito com isso foi o fator dessa demora toda. Acho que se bandas de porte gigantesco como o Radiohead , Oasis e outras menores como os Racounteurs e muitas outras já demonstram esse tipo de preocupação , cabe a nós cuidarmos disso ainda mais, já que por aqui a coisa é bem mais difícil.

Rock’n’Talk - A gurizada que tá começando hoje já tem toda a manha das ferramentas on-line de divulgação, mas muitos ainda não tem nenhuma experiência com ensaios em estúdio, gravação e produção. Como foi para ti o aprendizado dessas ferramentas?

Rafael - A medida em que os tempos vão mudando precisa se ver como lidar com as novidades. Hoje em dia qualquer moleque pode ter seu próprio estúdio em casa e fazer suas próprias gravações sem precisar nem sair do quarto. Nossa história foi ter ensaiado, gravado e produzido muito material em um estúdio caseiro também, mas onde o computador não existia ainda. Tive meu estúdio durante 17 anos e pudemos ensaiar muito, gravar e produzir vários projetos, tanto nossos quanto o de amigos e mais um sem-número de gravações de bandas que nem conhecíamos direito e esse trabalho foi muito importante pra que a gente pudesse desenvolver nosso conhecimento.

Rock’n’Talk - Quais os programas e ferramentas que tu acha mais importante dentro de um estúdio de gravação?

Rafael - Estou afastado do mundo das gravações há um pouco mais de dois anos, quando me mudei pra Floripa e desativei meu estúdio em Porto Alegre. Por isso estou desatualizado em relação ao que está rolando por aí. Ainda penso no Pro-Tools como um padrão legal e universal, mas nem sei se já não tem outras formas de gravação rolando, com resultados melhores, todo o dia surge um plug-in mais bacana que o anterior, enfim, quem tá entendendo bem mais disso tudo é o nosso guitarrista Alexandre Móica , no http://www.myspace.com/moicarock . Pintem lá e façam o contato. Ele herdou o lance de estar gravando em casa, como já foi na minha durante muito tempo.

Rock’n’Talk - Tu já deve ter trabalhado com vários bons produtores. Para a moçada que quer se especializar em trampos de estúdio, qual é o teu conselho?

Rafael - Gosto de pensar que o grande trunfo é a dedicação à composição e arranjo de uma canção. Acho que musicalmente o som vai ter que falar mais alto do que as questões técnicas, prefiro ouvir uma grande música gravada de forma modesta a uma grande porcaria gravada com os melhores equipamentos possíveis. O negócio é caprichar nas referências que se quer usar.

Rock’n’Talk - Como conciliar tua vida na estrada e o trabalho no Bafo de Bira?
Não existe mais o Bafo de Bira como espaço físico ,mas restaram grandes histórias , registros , o modo de pensar e a vontade de reconstruí-lo aqui em Floripa ... quando menos se esperar vai rolar o Bafo de Ilha !!!

Rock’n’Talk - Conta pra galera como anda a rotina do Acústicos (gravações, apresentações, vida na estrada)

Rafael - Estamos começando a compor um novo trabalho , vou toda a semana pra Porto Alegre ( onde moram todos dos A&V ) , nos reunimos , ensaiamos , fazemos os shows que tem e quando rola uma pausa , volto pra ficar salgando o lombo no mar e torrando os neurônios no sol e na areia! Uma boa maneira de saber as novidades é visitarem o site da banda, nosso MySpace e fotolog ( esse eu atualizo quase que diariamente ). Valeu aí rapaziada, espero que possam seguir adiante esse sonho de se trabalhar com música, coisa que dá um grande trabalho, mas que continua sendo uma das coisas mais prazerosas de se fazer... Um grande abraço a todos, sucesso e boa sorte!

OS SONS DA ISLÂNDIA - DICA DE LEITURA


Além de todas as referências musicais, timbres e texturas sonoras, quem quer levar o rock adiante também tem que ir atrás dos textos, da literatura, enfim, dos bons livros que falam de música e pipocam por aí, nas estantes das livrarias e sebos. Uma dica bacana é o Rumo A Estação Islândia, do jornalista e radialista Fabio Massari e lançado pela Conrad Editora.


Só o fato de a obra ser da autoria de Massari já é motivo para ler de uma sentada. O sujeito é tão tarimbado para falar de rock que durante seus anos de VJ da MTV ficou conhecido como o Reverendo. Além da biografia do autor, Rumo A Estação Islândia fisga o leitor pelo inusitado. Nas 232 páginas, o livro é uma mescla de diário de viagem e guia musical, onde Fabio aproveita para despejar quilos de informações a respeito da cena musical islandesa, desde os anos 60 até os dias de hoje. Vale a pena pelo autor, pelo conteúdo e pela informação.

quinta-feira, 6 de novembro de 2008

ENQUETE - RESULTADO E NOVAS BANDAS

Na semana passada nós publicamos o link de cinco bandas para votação. E uma delas foi escolhida para ter o seu perfil publicado aqui. A banda escolhida pelos leitores do Rock'n'Talk Blog foi a Vitrola Basca.

E já colocamos mais cinco bandas para votação! Ouça e escolha a banda da próxima semana. São elas:

A Metáphora -http://www.ametaphora.palcomp3.com.br/
Caronna – www.myspace.com/caronna
Daniel Lemos – www.palcomp3.cifraclub.terra.com.br/daniellemos
Dexter – www.myspace.com/dexterhc
Isaias Rock - www.myspace.com/isaiasrock

Clique, ouça e vote!

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

BAIXO, GUITARRA, BATERIA E...

Uma das principais características de uma banda de rock está nos instrumentos. Desde os anos 50 a junção de guitarra, baixo e bateria num mesmo palco se tornou a equação básica para uma boa música. Mas como no rock tudo é permitido, muita gente já alterou alguns integrantes deste trio, bem como incluiram outros instrumentos em suas composições, alguns deles nada convencionais. E por mais estranho que possa parecer, o resultado fica satisfatório.

Uma das primeiras bandas a romper com o trio de instrumentos foi o The Doors. O baixo deu lugar aos teclados de Ray Manzarek. E ninguém pode dizer que não deu certo.



Definitivamente, o baixo parece não ser tão importante assim. Ou você sente falta dele quando ouve White Stripes?



Já os Beatles, depois de um período imergidos na cultura hindu, adotaram em suas músicas instrumentos como sitar, tabla e tambura. O quarteto de Liverpool foi o primeiro a trazer a musicalidade indiana para a cultura pop. E isso pode ser visto em algumas músicas, principalmente em Across The Universe:



E o que dizer de um instrumento que mal e porcamente a gente só conhece por causa dos desenhos animados, como a gaita de fole? Pois o tradicional instrumento escocês foi utilizado por Bon Scott, vocalista do AC/DC, em um dos hits mais famosos da banda:



Por quê tocar com um ou dois instrumentos excêntricos, se você pode ter o suporte de uma orquestra inteira? Muitas músicas já foram feitas com belos arranjos de instrumentos clássicos. O Kiss, inclusive, chegou a gravar um show ao vivo com a Orquestra Sinfônica de Melbourne, na Austrália, resultando no álbum Kiss Symphony: Alive IV.



No universo do rock vale tudo para fazer um ótimo trabalho.