quinta-feira, 20 de novembro de 2008

ENTREVISTA COM MALLU MAGALHÃES


Foto: Mauricio Capellari

Dezesseis anos, fenômeno de downloads e reconhecimento da mídia e colegas de trabalho: 2008 é, definitivamente, o ano de Mallu Magalhães. Nós, do Rock'n'Talk, não poderíamos deixar em branco a passagem da menina por Porto Alegre, onde tocou no festival GIG Rock.

Rock'n'Talk - Esse ano as coisas estão acontecendo muito rápido para você. Depois de disponibilizar na web as suas músicas, um CD e um DVD já foram gravados. Como estás sendo administrar sua vida em meio a esse turbilhão?
Mallu Magalhães - Ah, eu acho que as coisas acontecem sempre bem naturalmente. Eu acho que, como qualquer outra profissão, tenho limites e compromissos, tenho de aprender a lidar. Pra isso tenho meus mais queridos pais. eles são meu chão: donde eu saio e pronde eu caio. Eles me dão estrutura emocional.. Assim eu vou aprendendo... Acho.

Rock'n'Talk– Chama muito a atenção essa sua tendência Faça Você Mesmo, indo para o estúdio e gravando suas próprias músicas. Que ferramentas você utiliza para gravar e editar seus sons?
Mallu Magalhães - Na verdade, minha primeira gravação foi no estúdio Lúcia no Céu. E antes de gravar o CD, não sabia direito a função de um produtor. Em estúdio ficava cada vez mais evidente. Milhares eram as vezes em que eu não sabia o que faltava. Era hora então de Marioca (Mário Caldato jr.) ajustar um timbre, mudar a sala, colocar um efeito ou dizer para eu cantar de novo. Assim, a naturalidade espontânea era captada pelo Mário de um jeito que a gente via claro e bonito. As mesas antigas, os rolos de fita, o som dos chiados escolhidos pela arte da intuição.

Rock'n'Talk - Nos seus shows você tem usado uma banda com bateria, baixo e guitarra. Como é para você passar a dividir o palco com outros músicos?
Mallu Magalhães - Quando eu escrevo as músicas, tento passar uma atmosfera que vem do meu dentro. Daí já vem meio que as idéias dos arranjos e tal. Eu bem que toco uns instrumentos, mas meus meninos são essenciais para caracterizar cada ponto.

Rock'n'Talk – Você tem 16 anos e, mesmo já com uma carreira musical muito bem engatilhada, deve ter aquelas dúvidas sobre o futuro profissional. Aqui no Rio Grande do Sul existe um curso universitário específico para formação de músicos e produtores de rock. Você pensa em fazer algo do gênero?
Mallu Magalhães - É, eu queria só poder continuar a tocar e a ser quem eu sou...Espero que esteja preparada para o que der e vier... Acho que estou. Porque se a gente quer a gente consegue, né?

Rock'n'Talk – Das 14 músicas do CD lançado recentemente, 12 são em inglês. Você pretende passar a compor mais em português, com o passar do tempo?
Mallu Magalhães - Eu tento ser fiel ao meu coração. E ele fala língua nenhuma e todas. Só ouço o que vem dentro. Cada vez vem dum jeito. É um negócio que sobe sem pensar ou filtrar com nome ou peneira cruel. Esse mês e o mês passado, por exemplo, só escrevi em português. Deve ter dado uma dezena e meia, por aí... Provavelmente o próximo disco vem mais português.

Rock'n'Talk – Como foi essa aproximação com o Marcelo Camelo? Como é trabalhar com ele?
Mallu Magalhães - É até difícil falar do Marcelo assim em linhas tão poucas. Dava até um filme as experiências e idéias que a gente tem. Bem ou mal, não é só um lance comercial ou profissional, acredito que a nossa amizade e ligação ficaram claras de luz no palco.

Rock'n'Talk – Das cidades que você tem passado, qual o lugar que mais gostou de tocar?
Mallu Magalhães - Ah, além de conhecer a loucura dos aeroportos, conhecer novos olhos não tem preço. Escolher um lugar? Não dá...

Quer saber mais? O pessoal do Conversation esteve no Gig Rock cobrindo o show da Mallu. Dá um pulo lá para ver como foi.

4 comentários:

Anônimo disse...

Acho o talento de Mallu bárbaro. Uma menina que se alimentou de boas referências culturais e mostra que essa história de ler bons livros, assistir bons filmes e ouvir boas canções dá certo mesmo.

Mallu pode estar preparada, mas ainda me parece ser aquela indie teen tão infantil quanto talentosa. Isso não é elogio, não é uma crítica. Apenas um comentário. Welcome to the Jungle, Dear.

Unknown disse...

Acho que esse blog deveria falar de "Rock" mesmo, começou mal. E isso é uma critica.

Anônimo disse...

Concordo com a Cler: a guria tem talento, e é fato. É versátil, tem um embasamento cultural muito bom. Só o lançe da idade: quem é que está pronto aos 15, 16 anos, para enfrentar a pesada rotina do show business?

E rock não é apenas power chords e riffs. Precisa estar antenado no que rola em volta, e o blog está bem nisso.

Anônimo disse...

alecksandro, sua bichinha, rock é atitude, e aposto que essa menina que nem deve ter pelos pubianos tem muito mais atitude do que tu!

free marcelo camelo!